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O modelo associativista da Farmarcas tem um DNA fortemente vinculado a farmácias de cidades com 300 mil ou 400 mil habitantes pelo país, reconhece o seu presidente, Edison Tamascia. No entanto, isso não quer dizer que na associação não sejam muito bem-vindos empresários de cidades menores. Para promover uma expansão territorial de seu modelo de associativismo farmacêutico pelo país nos próximos cinco anos, Edison acredita que a Farmarcas deve mirar com muita assertividade as farmácias independentes das pequenas cidades.
“No passado, talvez não tenhamos sido tão assertivos em mostrar para o empresário em uma cidade de 10 mil ou 7 mil habitantes que aqui também seria um bom lugar para ele”, diz ele.
Ele completa que a associação também pode não ter sido tão precisa ao reforçar o faturamento médio de uma loja associada à Farmarcas, que gira em torno de R$ 600 mil.
“O empresário de uma farmácia independente que está em uma cidade muito pequena, onde não há condições de faturar R$ 600 mil, pensa: ‘Então, não é para mim’”, completa.
Mapeamento de cidades
De acordo com Edison, neste atual planejamento estratégico, as estruturas de pequenas cidades e suas farmácias independentes devem ser mapeadas para que a Farmarcas aumente sua presença em todas as regiões.
A abertura de novas unidades é uma das três alavancas para a empresa dobrar o faturamento até 2030, ao lado de outras duas alavancas: o crescimento das lojas atuais e o fortalecimento das marcas próprias.
“Queremos buscar novos empresários e aumentar cada vez mais a ocupação territorial das nossas marcas. E as farmácias independentes nas pequenas cidades nos dão maior potencial de acelerar esse crescimento.”
A associação, que tem cerca de 1.700 farmácias independentes espalhadas pelo país, já vem registrando um crescimento significativo nos últimos anos, principalmente no Nordeste.
“Buscamos entender se já temos empresários próximos (de determinada cidade) que tenham interesse em ocupar essas praças ou buscamos por meio do nosso departamento de expansão criar uma relação com empresários locais. Esse trabalho com o empresário local, em 2025 e 2026, passa por um processo de aceleração.”
O melhor de sua cidade
Para o empresário, independentemente do tamanho da cidade, a Farmarcas está em busca de desenvolver a excelência de seus associados, para que eles estejam no topo do seu mercado.
“O que queremos é que ele seja o melhor empresário da cidade dele. Porque nós não estamos aqui disputando faturamento médio. Estamos disputando o market share dos lugares onde atuamos”, afirma.
Edison afirma que, além de todos os associados da Farmarcas e da Febrafar (federação que reúne cerca de 17 mil lojas no Brasil), ainda há em torno de 50 mil farmácias independentes pelo país, e elas estão “gritando por socorro, levantando a mão porque precisam de ajuda”.
Assim, aponta Edison, para empresários que buscam abrir lojas do segmento em cidades pequenas ou fortalecer a gestão de farmácias no interior, a Farmarcas entra como alternativa, sendo uma aliada, compartilhando toda a sua expertise, estrutura e suporte técnico.
“É quase improvável que, dentro de um mundo em evolução, alguém consiga prosperar sozinho, sem nenhuma conexão.” Edison explica que, quando fala “prosperar”, está se referindo a crescer com sustentabilidade e sucesso, porque, de outro modo, as empresas podem apenas “sobreviver”.
“Porque sobreviver, vai ter muita gente que vai continuar sobrevivendo nesse modelo. Mas se quiser evoluir, crescer, melhorar o negócio, ter um pouco mais de certeza de que estará em uma foto do futuro, precisa ter aliados. E precisa escolher o aliado certo.”
Esse é o papel do associativismo farmacêutico para as farmácias independentes: conectar, apoiar e multiplicar os resultados de quem está na linha de frente do varejo de saúde.
