O futuro do varejo farmacêutico independente passa por um tripé para a Farmarcas: expansão territorial em cidades do interior de todas as regiões do país, digitalização e marcas próprias.
À frente da associação que reúne cerca de 1.700 farmácias e também empresário do varejo farmacêutico, Edison Tamascia afirma que essas são as três principais alavancas que devem sustentar o plano ambicioso de dobrar o faturamento até 2030, no atual planejamento estratégico de cinco anos.
Confira abaixo os detalhes de cada eixo estratégico.
Primeiro eixo: expansão territorial
“Queremos buscar novos empresários e aumentar cada vez mais a ocupação territorial das nossas marcas”, explica o executivo.
A estratégia mira não apenas novos pontos de venda, mas também a pulverização geográfica com a expansão, levando as bandeiras da Farmarcas, a exemplo do associativismo, às regiões ainda não exploradas.
De acordo com Edison, o DNA da Farmarcas está muito atrelado a cidades de 300 mil ou 400 mil habitantes, mas isso não deve eliminar as cidades ainda menores, com em torno de 10 mil habitantes, por exemplo.
Para isso, o grupo deve apostar em trabalhar um plano de comunicação e captação para mostrar aos empresários das cidades menores que a Farmarcas serve para eles também, em meio a essa expansão.
“O faturamento médio das nossas lojas hoje está próximo de R$ 600 mil. O empresário que está em uma cidade muito pequena, onde não há condições de faturar R$ 600 mil, pensa: ‘Então, lá não é para mim’. E é, sim! O que queremos é que ele seja o melhor empresário da cidade dele.”
Segundo eixo: digitalização
O segundo eixo é o fortalecimento das lojas já existentes, mesmo aquelas consideradas maduras, onde o crescimento do faturamento está mais consolidado e não sofre tantas oscilações.
Para isso, segundo Edison, a digitalização é fundamental. “Estamos investindo fortemente em processos digitais para manter um crescimento acima da média do mercado.”
A aposta da digitalização é focada em ferramentas tecnológicas que aumentem a eficiência operacional, aprimorem a experiência do cliente e melhorem a gestão das unidades.
Segundo ele, o associado da Farmarcas se beneficia ao também poder acessar a estrutura de plataformas e ferramentas da Febrafar, aprimorando sua gestão. “(Com a Farmarcas), ele estará inserido em um processo que permite a digitalização do negócio e a participação nesse novo mercado. Sozinho, isso é impossível.”
Terceiro eixo: marcas próprias
O terceiro pilar da estratégia para o crescimento até 2030 está na consolidação das marcas próprias, um diferencial competitivo que vem ganhando espaço nas gôndolas das farmácias da rede.
“Já temos uma estrutura robusta com suplementos alimentares e, agora, com fraldas e linhas de cuidados pessoais e primeiros socorros. Vamos ampliar o portfólio e tornar a marca própria ainda mais relevante”, afirma o presidente.
A tríplice, crescimento das lojas atuais, abertura de novas unidades e fortalecimento das marcas próprias, reforça a visão de Edison Tamascia de que o sucesso do varejo farmacêutico está na coletividade.
Para ele, o associativismo continua sendo o caminho mais sólido para empoderar pequenos e médios empresários.