Uma boa setorização em farmácias pode definir se o resultado financeiro no fim do mês é positivo ou negativo. Trata-se de uma estratégia essencial para tornar a experiência do cliente mais fluida, valorizar o mix da loja e assegurar que cada metro quadrado do PDV tenha uma função estratégica.
Na Farmarcas, essa inteligência de organização é compartilhada com todos os associados por meio de um suporte estruturado, baseado em dados e com foco na realidade de cada ponto de venda.
“Uma setorização de farmácia começa com um olhar estratégico, em que analisamos cada projeto de forma individualizada para entender mais sobre a loja, o local, o público e a expectativa do associado”, explica Adriana Lessa, Coordenadora de Padronização da Farmarcas.
O processo pode começar no momento em que o associado apresenta a planta da loja até a entrega do layout final, já com setorização da farmácia e sugestões de exposição por categoria.
O primeiro passo é entender o espaço físico: área de vendas, pontos de entrada e saída, fluxo natural de circulação para a melhor experiência do cliente. Depois, cruzam-se essas informações com dados de mercado, comportamento do shopper e características regionais. É comum que duas lojas com o mesmo tamanho recebam orientações diferentes.
“Uma loja pequena do interior da Bahia, por exemplo, vai ter uma orientação diferente de uma em Moema, São Paulo. Cada local tem suas próprias características de consumo, e a setorização da farmácia precisa refletir isso”, explica Ângelo Vieira, Diretor de Comunicação da Farmarcas.
Novas lojas, layout de farmácia do zero
As lojas novas são as que mais se beneficiam do processo desde o início, já que o processo não precisa ser refeito. Assim que o projeto é aprovado, a equipe de Padronização de PDV da Farmarcas entrega uma sugestão completa de setorização da farmácia, com indicação de localização das gôndolas, posicionamento do checkout e até a disposição ideal de categorias sensíveis, como medicamentos isentos de prescrição (MIPs), perfumaria e conveniência.
Para as lojas antigas, o trabalho é feito com adaptações prevendo uma melhor experiência do cliente. Algumas vezes, as mudanças são implementadas em etapas, respeitando o momento do associado. A equipe realiza reuniões para entender os desafios e propor melhorias, sempre considerando limitações estruturais e financeiras.
Em todos os casos, a escuta ativa e o envolvimento do associado são fundamentais para o sucesso.
Parceria com a indústria
Outro ponto forte do trabalho de padronização de farmácias é a relação com parceiros da indústria. Diversas marcas contribuem com expertise e apoio direto. Um exemplo é a Hypera Pharma, que participou de um projeto piloto com a rede Super Popular. A loja em questão apresentava baixa performance em categorias importantes, como os medicamentos isentos de prescrição (MIPs).
A partir de dados e análises fornecidos pela indústria, foi possível identificar pontos de melhoria, redesenhar o layout da farmácia para favorecer a navegação e a experiência do cliente e o desempenho comercial da loja.
“A Hypera Pharma nos trouxe alguns dados de lojas que eles já trabalham, principalmente nessa categoria de MIPs. Eles trouxeram algumas dicas de categorias que podem estar relacionadas e como organizar”, explica Adriana Lessa.
A parceria inclui ainda sugestões de planogramas personalizados, que definem a organização dos produtos nas prateleiras, com atenção especial à criação de um módulo voltado à farmacinha infantil. “Uma mãe que vai procurar um analgésico não vai querer um produto voltado para adultos. Então também trabalhamos nisso nessa loja junto com a Hypera Pharma”, conta.
Outro caso é o da L’Oréal, que colaborou em uma loja da Super Popular na elaboração de planogramas de dermocosméticos de forma colaborativa, respeitando a presença de outras indústrias. Isso reforça o compromisso com um modelo justo e eficaz, que beneficia toda a cadeia.
A Farmarcas ainda conta com ferramentas internas de business intelligence (BI) e um data lake que unifica diferentes fontes de dados. Isso permite cruzar informações como giro de produtos, dados de mercado, tendências regionais e performance de categorias. Com esse tipo de inteligência, a tomada de decisão é mais precisa e o suporte às lojas se torna mais eficaz.
Padronizar é também um desafio
Trabalhar com uma rede de capilaridade nacional impõe desafios únicos, porém bons, à equipe de padronização de farmácias da Farmarcas. São centenas de lojas com realidades físicas, culturais e comerciais muito distintas.
“Temos uma capilaridade muito grande, e esse talvez seja um dos maiores desafios. É o Brasil inteiro e com muitas realidades diferentes”, comenta Adriana. Por isso, a adaptação regional é um pilar essencial do processo e garante que o modelo de setorização da farmácia faça sentido em cada loja, independentemente do porte ou localização.
A evolução do mercado também é um desafio que exige atualização contínua da estratégia. Novas categorias crescem, como no caso de suplementos e bem-estar, e exigem revisão do espaço e da lógica de exposição.
A setorização da farmácia precisa ser flexível o suficiente para se adaptar às transformações do setor e às tendências de consumo. O objetivo é simples: tornar cada farmácia mais eficiente, mais atrativa e mais preparada para atender com excelência.
Por trás de cada farmácia bem organizada, existe um trabalho estratégico para unir padronização e adaptação regional.
Quer entender como a Farmarcas enfrenta esse desafio e transforma lojas em experiências únicas?